quinta-feira, 5 de abril de 2018

MUNDO: Candidato da oposição é eleito presidente de Serra Leoa


O candidato do principal partido de oposição de Serra Leoa, Julius Maada Bio, venceu as eleições presidenciais e voltará ao poder, que ele exerceu brevemente há 22 anos, após um golpe de Estado. Seu opositor no segundo turno, o governista Samura Kamara, afirmou que a votação foi marcada por fraudes e que pretende contestar o resultado, segundo a Reuters. No 2º turno da eleição, disputado em 31 de março, Bio, um militar reformado de 53 anos, teve 51,81% dos votos, contra 48,19% do governista Samura Kamara. 

O anúncio do resultado foi feito pelo presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Mohamed Conteh, na noite de quarta-feira (4). Kamara, ex-ministro das Finanças e de Relações Exteriores de 66 anos, foi escolhido pessoalmente pelo presidente em final de mandato, Ernest Bai Koroma, para representar o partido do Congresso de Todo o Povo (APC). Koroma estava impedido de se candidatar após dois mandatos, de cinco anos.

Bio, líder do Partido do Povo de Serra Leoa (SLPP), foi empossado na noite desta quarta no salão de conferências de um grande hotel de Freetown, diante de centenas de partidários, representantes das instituições do Estado e diplomatas estrangeiros. Em Freetown, centenas de pessoas saíram às ruas para comemorar a vitória de Bio, cujo partido SLPP estava na oposição em Serra Leoa - antiga colônia britânica independente desde 1961 - há dez anos.

As forças de segurança estabeleceram um cordão em torno da sede do SLPP, onde centenas de pessoas celebram a vitória, para evitar confrontos com partidários de Koroma. Em janeiro de 1996, Bio assumiu brevemente o poder neste país da África Ocidental após a destituição do chefe da Junta Militar, capitão Valentine Strasser, de quem era o braço direito.

Na direção do país, Bio restabeleceu rapidamente o multipartidarismo e aceitou entregar o poder ao presidente recém-eleito, Ahmad Tejan Kabbah, em março do mesmo ano. Durante a recente campanha, Bio prometeu melhorar o sistema educativo e criticou duramente os estreitos vínculos entre o governo de Koroma e a China.

Via: G1
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