Toto
Riina, o ex-poderoso chefão da máfia siciliana e um dos homens mais temidos da
Itália, morreu em consequência de um câncer nesta sexta-feira (17), informou a
imprensa italiana. O hospital não confirmou a morte até o momento.
O
"chefe dos chefes", de 87 anos, condenado a 26 penas de prisão
perpétua e suspeito de matar mais de 150 pessoas, estava em coma induzido há
vários dias, depois de duas cirurgias que agravaram seu estado de saúde.
Riina
faleceu na unidade carcerária do hospital de Parma, norte da Itália, de acordo
com os principais jornais do país e a agência de notícias ANSA. Sua mulher e três de seus quatro filhos foram
autorizados na quinta-feira pelo ministério italiano da Saúde a visitá-lo para
uma despedida. O filho mais velho do
mafioso cumpre pena de prisão perpétua por quatro assassinatos.
"Não
é Toto Riina para mim, você é apenas meu pai. E te desejo um feliz aniversário,
papai, neste dia triste mas importante. Te amo", escreveu seu outro filho,
Salvatore, no Facebook na quinta-feira, dia do aniversário do criminoso.
Riina
havia solicitado a libertação em julho, alegando uma doença grave, mas o pedido
foi rejeitado depois que um tribunal determinou que o atendimento médico na
prisão era tão adequado quando o que receberia fora do sistema penitenciário.
Os
médicos afirmaram na ocasião que Riina estava "lúcido". Em uma
conversa interceptada há alguns meses, o ex-poderoso chefão afirmou que
"não se arrependia de nada". "Nunca
poderão lidar comigo, mesmo que me condenem a 3.000 anos de prisão",
disse.
História
O chefão siciliano mandou assassinar em 1992
os juízes de combate à máfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, que haviam
trabalhado sem trégua para levar mais de 300 mafiosos a julgamento em 1987. Também foi o responsável por atentados com
bomba em Roma, Milão e Florença, que mataram 10 pessoas. "Que Deus o perdoe, porque nós não
faremos isto", afirmou uma associação de vítimas do atentado em Florença,
segundo o jornal "Fatto Quotidiano".
Via: G1
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