No
dia 1º de novembro a Igreja celebra a memória de todos os santos, para
homenagear todos que estão no céu, diante da visão beatífica de Deus,
“intercedendo por nós sem cessar”, como diz a Liturgia. Numa única solenidade a
Igreja homenageia a multidão dos moradores do céu.
No
Apocalipse, São João teve esta visão: “E vi uma grande multidão, que ninguém
podia contar, de todas as gentes e tribos e povos e línguas. Estavam de pé
diante do trono e diante do Cordeiro, trajados com vestes brancas e palmas nas
mãos” (Ap 7,14)…” A Igreja já canonizou mais de vinte mil santos, mas há
certamente muito mais que esse número.
Na
Santa Missa desse dia a Igreja propõe a leitura do Evangelho das
Bem-aventuranças (Mt 5), pois elas espelham a vida dos santos: os pobres de
espírito, os mansos, os que sofrem, os que têm fome e sede de justiça, os
misericordiosos, os puros de coração, os pacíficos, os perseguidos por causa da
justiça e todos os que recebem o ultraje da calúnia, da maledicência, da
ofensa e da humilhação. Os que colocam toda a sua confiança em Deus e sabem que
sozinhos nada podem. Os
santos são a força mais poderosa da Igreja, foram eles que levaram a
evangelização até os confins da terra; sofreram os martírios, esvaziaram-se de
si mesmos para em tudo fazer a vontade de Deus.
O
Papa João Paulo disse certa vez que “a santidade é a força mais poderosa para
levar os homens a Cristo”. A História da Igreja confirma essas palavras; mesmo
sem usar um rádio, tv ou internet, os grandes santos abalaram o mundo com suas
vidas; assim foi, por exemplo, Santo Antão no deserto do Egito; São Francisco
na Itália, Santa Teresa de Ávila na Espanha, Santo Estevão na Hungria, Santa
Isabel em Portugal, Santa Teresinha e Santa Joana D´Arc na França e Santo Frei
Galvão no Brasil. João Paulo II disse que “a Igreja não precisa de
reformadores, precisa de santos”.
Todos
os batizados são chamados a serem santos, e a Igreja existe para nos levar à
santidade. Ela nos oferece os meios adequados para isso: os sacramentos, a
Palavra de Deus, a oração, o jejum, a esmola, etc. A Carta aos Hebreus diz que
“sem a santidade ninguém pode ver o Senhor”. Por isso, muitas almas precisam
passar pelo Purgatório para adquirir a santidade plena para entrar na comunhão
com Deus.A
origem da festa de todos os santos vem desde o século IV, onde se celebrava em
Antioquia festa por todos os mártires no pri meiro domingo depois de
Pentecostes. No ano de 835, esta celebração foi transferida pelo papa Gregório
IV para 1º de novembro.
Prof. Felipe Aquino
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