Ao apresentar nova denúncia
contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda (22), a
força-tarefa da Operação Lava Jato disse que as suspeitas contra o atual
presidente Michel Temer (PMDB) e contra o petista “são manifestações de um
mesmo problema, o apodrecimento do sistema político-partidário”.
Os procuradores afirmaram,
em nota, estarem “estarrecidos” com a gravidade das denúncias contra Temer e o
senador afastado Aécio Neves (PSDB). “É mais um efeito da corrupção espraiada
em todo o espectro do sistema político”, dizem.
Segundo eles, a mais recente
operação da Lava Jato em Brasília, que prendeu pessoas ligadas a Aécio e fez
buscas em endereços de um emissário de Temer, mostra que os líderes políticos
“continuam a tramar no escuro a sua anistia, a colocação de amarras nas
investigações e a cooptação de agentes públicos”.
Lula foi denunciado sob
acusação de corrupção e lavagem de dinheiro ao ser beneficiado com reformas em
um sítio em Atibaia (SP), do qual era frequentador. A denúncia ainda precisa
ser aceita pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, para que ele se
torne réu.
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